Criado há quase uma década pelos norte-americanos para definir o padrão de modelos que vestem números um pouco maiores, o termo plus size hoje em dia já é parte do vocabulário do meio fashion. Na tradução literal para o português a expressão significa “tamanho grande” e isso quer dizer que, para entrar na onda, a modelo precisa vestir manequim acima do tamanho 44.
A ideia de incluir as mulheres mais cheinhas no mundo da moda, apesar de parecer repleta de boas intenções, é, para muitos do meio, apenas uma maneira de ampliar o mercado consumidor. Ao apresentar modelos vestindo tamanhos grandes, os estilistas conseguem uma empatia destas mulheres, que ante se sentiam excluídas desse espaço.
Mas não são todos que pensam assim. Algumas pessoas apontam a nova tendência como uma resposta contra a ditadura da magreza, que impera nas passarelas.
Moda Plus Size No Brasil
Por aqui, esse sistema de modelagem está conquistando o seu espaço. Algumas marcas já colocam modelos plus size em suas propagandas e até os esguios manequins das vitrines podem ser vistos com contornos mais volumosos. Além disso, agências famosas, como a importante Ford Models, já possuem um departamento exclusivo para a seleção destas mulheres.
E esse “hype” já está tornando celebridade algumas modelos neste meio, como as americanas Crystal Renn e Tara Lynn. Já aqui em terras tupiniquins. Quem já está sendo considerada a Gisele Bündchen da moda plus size é a carioca Fluvia Lacerda.
Tudo isso também já reflete na criação de marcas especializadas nesse mercado, focando todos seus esforços para suprir essa “maior” demanda. Uma dessas empresas é a Lane Bryant, que veste mulheres a partir do número 14 (no Brasil equivalente ao 42), e a Evans.
Tiro saindo pela culatra
No exterior, em países como Inglaterra e os Estados Unidos, muitas pesquisas sobre o assunto tem sido realizadas, e os resultados não são tão esperados assim.
Indo na contramão, algumas dessas conclusões apontam que a mulher mais cheinha, ao contrário do esperado, não se identificam com as modelos plus size. Elas encaram a modelo magra como o padrão ideal e a modelos plus size como uma tentativa de enganá-la, com uma falsa ilusão. Além disse, se ela for ainda mais gordinha do que a modelo pluz size, se sente deprimida.
E talvez isso aconteça devido a um simples conflito de semântica, já que a realidade é que o termo se adequa melhor para as mulheres que não são magras no padrão das passarelas, e nem gordas. Se encaixando bem em “mulheres maiores”, com mais perna e bum bum mais volumosos.
De modo mais prático, se um homem fosse definir, provavelmente diria que a mulher plus size é a do tipo que enche os olhos e a cama.