Antes mesmo de Benjamin Franklin prender aquela chave em sua pipa e manda-la pelo ar, já era sabido que muita gente manipulava e tentava entender essa tal de corrente elétrica, e com certeza deve ter tomado muito choque nesse interim. E foi para não ter que ficar com os cabelos em pé por ai para descobrir se ali passava uma corrente elétrica que hoje o multímetro é uma ferramenta imprescindível para tantas áreas.

De modo simplificado o multimetro é uma bobina elétrica montada em um anel em volta de um imã, tudo isso ligado a um mostrador, um relógio na maioria das vezes. E a lógica é mais simples ainda, já que a corrente então passa por tudo isso, cria um campo magnético oposto ao imã e por fim move o ponteiro, que dá a medição.

Multimetro

O multimetro então se tornou o melhor amigo de eletricistas e mais um monte de gente que precisa descobrir se aquele circuito ou instalação (ou tomada mesmo) estão gerando eletricidade, ou até se simplesmente estão fazendo isso na quantidade esperada. De uns tempos para cá ele ainda se tornou inseparável para uma recente geração de técnicos em informática e até roadies, assistentes de palco (e luthiers e demais gente ligada a música) todos sempre preocupados com a voltagem daquela tomada (ou Ohms dos circuitos dos aparelhos).

A História do Multimetro

multimetro-velho

E é, justamente, essa multifuncionalidade que levou à criação do multímetro, já que depois disso nunca foi tão fácil medir volts, amperes e Ohms do que quer que fosse necessário.

Sua invenção então, como pode parecer, não vem do simplesmente do galvanômetro, que era um simples medidor de corrente elétrica, mas sim da necessidade de um funcionário dos correios dos Estados Unidos de ter que carregar uma série de equipamentos de medição necessários para a manutenção de inúmeros circuitos de telecomunicação. A ideia inicial era então colocar os três medidores juntos, e mesmo que ainda em um resultado pouco prático, já servia para as necessidades dele.

Mais tarde sua ideia foi então levada para um grupo de empresários que, prontamente, apostaram nesse aparelho e o colocaram no mercado. O sucesso foi imediato, e até hoje mantém, praticamente as mesmas características, principalmente por logo ter sido adaptado para uma versão muito mais simples e prática.

Como Usar um Multimetro

E talvez tenha sido essa praticidade que tenha feito do multímetro uma ferramenta tão popular. Além de ser portátil e simples, mede (no mínimo) três tipos de correntes e satisfaz quem se vê às voltas com essas medições.

É lógico que alguns modelos já até extrapolam esse trio, mas em sua maioria o multímetro se dá bem na hora de medir intensidade, potência e resistência da corrente elétrica. A primeira dessas expressando o resultado em amperes (amperímetro), a segunda sendo a famosa voltagem (em volts, no voltímetro) e, por fim, o ohmnímetro, que mede circuitos que não estão ligados na eletricidade e tem resultados em Ohms.

multimetro digital

Mergulhando então em um pouco das “tecnicidades” do aparelho, o voltímetro medindo em paralelo, o amperímetro em série e o ohmnímetro em circuitos sem corrente elétrica. O que pode parece complicado para quem não está habituado, mas é simples de se entender quando der de frente com algum problema envolvendo essas medições. E nesse caso nem precisando ser um profissional da área para entender.

E com o aparelho em mãos tudo fica mais fácil ainda, já que ele é dividido em três partes distintas: Display, seletor e terminal.

O primeiro, como é de se esperar é composto com um ponteiro (ou mostrador) que mostra o resultado do sinal. O segundo é geralmente um botão redondo onde as medições podem ser escolhidas e ajustadas para uma precisão ainda maior. E, por fim, o terceiro, o terminal onde são ligados dois cabos, um vermelho (positivo) e um preto (negativo) que é por onde o multímetro recebe a carga enquanto a ponta deles é encostada no circuito ou na fonte de corrente.

Alguns multímetros mais complexos ainda exigem um pequeno cuidado a mais, já que o terminal conta com uma entrada para mais de 20 A (amperes) e outra (protegida por fusível) para menos de 200 mA (miliampére), mas ainda assim a grande maioria dos equipamentos já passou a simplificar essa necessidade.

Já em relação ao seletor, as várias frequências podem parecer complicadas, mas é só colocar a mão na massa para perceber que a maioria desses ajustes acabem se tornando tremendamente intuitivos.

Multimetro Digital ou Analógico

multimetro-analogico

Como foi dito acima, um multímetro pode até vir ainda com capacímetro, frequencímetro e termômetro, mas ainda assim que acaba sendo dividido em dois: os analógicos e os digitais.

E como parece óbvio (e é), os modelos analógicos são aqueles que apresentam o mostrador com um ponteiro, acabam sendo mais frágeis, mas ainda assim se mostram precisos no que se propõe. Já os digitais, (como também é óbvio) apresentam os resultados em um mostrador digital o que os tornam ainda mais resistentes e seguros, sendo então popular entre as versões domésticas dos multímetros.

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