Se existe um barulho mais característico de fórmula 1 do que o “Vrummm” dos motores é aquele dos pitstops, mais agudo e que acaba sendo muito mais difícil de demonstrar em uma onomatopeia. O carro entra para trocar os pneus e um segundo depois quatro mecânicos já tiraram e colocaram um jogo novo, e isso graças a essa ferramenta que, pode não ter mudado o mundo, nem revolucionado nada, mas ainda assim, quase literalmente falando, é uma “mão na roda”: a parafusadeira.
E isso não é um exagero, já que o que a parafusadeira faz o mesmo que qualquer um com uma chave de fenda e um pouco de força reproduz sem maiores problemas. Seu diferencial é mesmo a praticidade e a precisão. O primeiro impede o suor e o segundo não permite que nada deixe de estar preso o suficiente.
Nem por isso ela deixa então de ser uma ferramenta indispensável no mundo moderno.
Furadeira e Parafusadeira
Obviamente, a parafusadeira só tem uma função mesmo: apertar ou afrouxar um parafuso. Uma simplicidade que conquista a todos, sejam profissionais sejam amadores.
E não só para os mecânicos da F-1, é só surgir um parafuso que precisa ser tirado com um mínimo de pressa e está lá uma parafusadeira, seja na hora que arrumar um computador (ou qualquer tipo de eletrodoméstico), seja nas mais variadas profissões. E muito provavelmente foi em um desses momentos que a ferramenta deve ter nascido.
Sem qualquer dado real de um “primeiro modelo”, a parafusadeira surgiu exatamente de alguém com uma furadeira na mão e um parafuso que não queria entrar ou sair. No resto da combinação deve ter feito parte uma chave de fenda quebrada (só a ponta, por exemplo) e alguém substituindo a broca por ela. Pronto estava ai a primeira parafusadeira.
Muito provavelmente uma prática que deve ter perdurado por um longo período antes de se tornar tão popular como é hoje.
Parafusadeira elétrica e à bateria
Entre alguma marca “descobrir” esse novo jeito de aparafusar e adaptar um produto só para isso foi um pulo, e a ferramenta elétrica logo se tornou popular, afinal agilizava demais o trabalho. Mas entre esse momento e a parafusadeira ganhar o mercado existia um impedimento: o cabo.
Enquanto elétrica e com um fio enorme era difícil achar que esse tipo de aparelho ganhasse a atenção de quem não era profissional. E isso só mudou quando as empresas eliminaram essa barreira e a substituíram por uma bateria. Munido então de força para ir onde quisesse sem precisar de uma tomada, a parafusadeira ganhou não só quem fazia trabalhos mais leves como até grande parte das casas.
Tipos de parafusadeiras
Mas a simplicidade desse equipamento também não permite que ele seja rico em versões, afinal seu uso é único e inventar diante desse tema não é algo fácil.
De cara, a principal diferença que o mercado passou a oferecer foi o formato. De um lado em formato de pistola, que se assemelha completamente a uma furadeira, tem uma bateria com uma carga maior e, por isso, acaba sendo a preferida entre quem pega mais no pesado. É desse tipo aquela lá do primeiro parágrafo e que povoam as corridas pelo mundo.
Do ou outro lado duas opções que se assemelham diante de seus objetivos: praticidade. Bem longe da robustez da outra, as ajustáveis e fixas são versões compactas e que acabaram conquistando o mercado. A fixa tem a pegada que se assemelha a uma chave de fenda, enquanto as ajustáveis fazem tanto esse papel como dobram a ponta e permitem aparafusar locais com menos apoio.
No resto, os três modelos se assemelham em quase tudo. Todos com mandris prontos para receberem varias medidas de pontas e voltagens que ficam entre modelos com sete a 10.8 volts, sem muito torque e para trabalhos pequenos, e 12 a 20 volts para quem procura resultados mais profissionais (e nesse caso até servindo como uma furadeira simples).
É bom lembrar ainda que, como as grandes marcas de ferramentas já entraram nesse ramo, o que não faltam são opções e garantias, portanto, não tenha vergonha de pesquisar bastante algumas opiniões por ai antes de escolher sua nova (ou primeira) parafusadeira.